Enredo que surpreende e agrada:
Se no primeiro título a franquia Army of Two fez história, o segundo capítulo da fanquia foi pouco elogiado pelos fãs e pela crítica. A maior reclamação era em relação a pouquíssimas mudanças de um jogo para o outro, o que acabou criando uma sensação de mesmice e tornando o jogo obsoleto.
A ideia do terceiro título foi renovar a franquia. O principal passo foi mudar os astros do game. Salem e Rios dão lugar aos novatos Alpha e Bravo. Os antigos protagonistas ainda estão no game, mas agora são uma espécie de mentores de seus pupilos. Porém, muita coisa muda no enredo até o final do jogo – vale a pena conferir.
Desta forma, surpreendentemente, o enredo acaba se tornando um dos atrativos do game. Se as histórias anteriores se limitavam a mostrar o convívio dos parceiros e seus problemas pela frente, em Devil´s Cartel, muitas reviravoltas e surpresas são apresentadas de uma forma aceitável. Pena que muitas dessas cenas são repetitivas, como as diversas vezes em que um helicóptero é abatido com os protagonistas dentro.
Jogabilidade que regrediu
Quando Army of Two foi lançado, poucos jogos de ação conseguiam ser mais interessantes quando jogados com um companheiro. A franquia foi uma das responsáveis por revolucionar os games cooperativos da atual geração. Porém, ao invés de buscar mais inovações, o game apresentou um verdadeiro retrocesso na sua jogabilidade.
No começo, tudo soa muito similar aos títulos anteriores. Tanto os sistemas de mira quanto a mecânica de proteção, que continua praticamente a mesma. Entretanto, se nos outros games alguns adicionais complementavam a experiência, em Devil´s Cartel, não há nada de novo. Até mesmo as divertidas cenas em que os heróis ficavam encurralados e precisavam “se escorar” para eliminar hordas de inimigos, não existem mais.
Entretanto o sistema de personalização agrada e torna-se um ponto positivo do game. É possível combinar armas e personalizá-las, seja com mais munições, mais precisão, etc. E se não bastasse, é possível escolher até mesmo a cor de seus armamentos e de sua máscara.
Visual melhorado, mas repleto de bugs
O visual de Army of Two veio renovado. A Visceral Games trouxe um novo motor gráficos que ajuda a ampliar o realismo do game. Isso torna-se evidente no sistema de destruição do cenário. Praticamente tudo pode ser detonado neste game, fazendo com que paredes e outras construções sejam reduzidas a muita poeira.
Entretanto, fica a sensação de que muita coisa poderia ter sido mais caprichada. Principalmente as animações, que ainda contam com personagens um tanto serrilhados e com expressões faciais que não convencem muito. Ainda mais neste final de geração de consoles, onde cada vez mais a indústria explora ao limite o poder gráfico de videogames como PS3 e Xbox 360.
Outro problema que afeta bastante o game são os bugs. Por mais que seja realista a forma com que tudo é destruído e reduzido a escombros, ainda é possível notar personagens atravessando construções ou pedaços de cenários se misturando – a popular expressão gamer “estourado polígonos”.
Conclusão:
Army of Two: The Devil´s Cartel foi lançado como uma forma de renovar a franquia. O cuidado com o enredo agradou bastante e deixou o título muito mais que um simples shooter sem sentido. Porém, a jogabilidade do game parece ter regredido, pois não mostra nenhuma evolução e ainda perdeu alguns elementos divertidos. Entretanto, ainda vale pela diversão cooperativa e o visual repaginado.
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